sexta-feira, 24 de maio de 2013

Dora Nascimento afirma que tentativa de Nilza fere democracia do PT

capa-dora2Do Diário do Amapá
 
Na última segunda-feira, 20, a presidente do Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores (PT), Nilza Amaral, numa reação à perda da maioria de membros na Executiva e à decisão de recomposição dos espaços no governo, tentou trocar quatro integrantes da Executiva do PT. Segundo lideranças petistas, essa troca foi provocada por divergências internas quanto ao rumo do partido e não obedeceu aos trâmites regimentais e estatutários.

Para a vice-governadora Dora Nascimento, que pertence à direção partidária, a Executiva permanece com a mesma composição. “O Diretório Estadual não foi convocado. Da forma que foi feito é irregular e fere a democracia interna do partido”, disse ela.

O secretário de segurança pública do estado, Marcos Roberto, é outra liderança do partido que se posicionou contrária à troca dos membros da Executiva. “Na marra, não. As correntes minoritárias não podem querer assumir a direção partidária atropelando as instâncias partidárias”, esbravejou Marcos Roberto.

De acordo com Isaias Carvalho, um dos atingidos pela medida, "a tentativa de troca de quatro membros da Executiva configura um golpe, porque foi tomado isoladamente pela presidente do partido sem observar as resoluções internas nem ao regimento partidário, já que não houve reunião do diretório para isso".

Para Beane Gomes, outra que sofreu a tentativa de afastamento, "a direção do partido não cumpriu o Estatuto do PT". Beane cita o artigo 227, que normatiza a troca de membros de cargos de direção no partido, condicionando, para isso, a infração ética e disciplinar praticada pelo filiado. Conforme Beane, sua vida partidária nunca foi questionada em nenhuma instância. "A direção partidária agiu arbitrariamente", reclamou.

Segundo Isaias, o que está por trás disso é a tentativa de construção de uma maioria artificial na Executiva do PT para mudar o rumo da política de alianças partidárias. Isaias afirma que o grupo composto pelo ex-prefeito Antônio Nogueira, a deputada federal Dalva Figueiredo e a professora Marcivânia Flexa está costurando uma composição à direita com a oposição ao governo Camilo. "Eu mesmo já presenciei a Marcivânia saindo de uma reunião que estava acontecendo na casa do Jorge Amanajás", denuncia.

Outro que não esconde sua inconformidade é o secretário geral do PT, José Cordeiro. Para ele, "se os companheiros estão insatisfeitos com o governo, por que não entregam os cargos que têm no go-verno? Isso está parecendo aquela história de criar dificuldade para
vender facilidade", desabafa.
O vereador por Santana, Zé Roberto, disse que "o PT nacional tem demonstrado contentamento com a postura do governador Camilo e do PSB do Amapá na defesa da reeleição da presidenta Dilma Rousseff. Com essa atitude, esses companheiros estão indo na contramão do que pensa o restante do partido", lamenta.

Jorge Coelho, membro da direção nacional do PT, classificou o ato da presidenta Nilza Amaral como “arbitrário e autoritário”. E disse que somente o Diretório Estadual pode deliberar sobre essa matéria. “Não existe ato de ofício da presidenta para deliberar sobre essa questão”, concluiu.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Contra o pessimismo da oposição: Empregos em alta no Amapá revelam impacto dos investimentos do governo

O comércio liderou o número de novas contratações com carteira assinada no mês de abril, abrindo mais 504 empregos formais somente este mês. Nos quatro primeiros meses de 2013, já foram gerados 1.163 novos postos de trabalho no Estado e o saldo nos últimos doze meses chega a 5.600, um crescimento de 7,86% no período.

O crescimento no saldo de empregos formais e o salário em expansão são fatores essenciais para a diminuição das desigualdades no Estado e refletem investimentos do poder público e do setor privado no Amapá.

Segundo dados divulgados na última terça-feira, 21, pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o saldo entre contratações e demissões no Amapá ficou positivo em 583 novos empregos no mês de abril. O setor da construção civil foi o segundo que mais contratou em abril, com mais 102 novos postos.

Desde o início do ano, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) demonstram o crescimento gradual do nível de empregos no Amapá. Em março, por exemplo, mês historicamente de poucas contratações tendo em vista a sazonalidade da economia após o período de final de ano, somente o setor de Serviços foi responsável por um saldo positivo de 476 novos postos de trabalho, o que garantiu um equilíbrio diante dos setores de comércio e construção civil, que tradicionalmente recomeçam as contratações a partir de abril, como demonstra o resultado da última pesquisa do CAGED.

O grande número de empregos gerados no setor de serviços está diretamente relacionado ao crescimento do nível de vida da população, já que com mais recursos disponíveis a população melhora e diversifica seu padrão de consumo, exige e demanda mais serviços.
“Os dados do CAGED representam o trabalho sério de planejamento e gestão que vem sendo realizado pela administração do governador Camilo Capiberibe, que nos permitiu executar recursos de diversas fontes, como BNDES, PAC, entre outros”, explica o secretário de Planejamento, Orçamento e Tesouro, Juliano Del Castilo Silva.

 “O crescimento gradual e constante do nível de emprego no Amapá desde 2011 demonstra que os investimentos realizados pelo Governo do Estado se refletem no aumento da renda da nossa população. Com o início das novas obras previstas no Programa de Desenvolvimento Humano Regional Integrado (PDRI), nosso plano de investimentos para transformar o Amapá nos próximos quatro anos, veremos essa taxa de crescimento de empregos com carteira assinada crescer de forma significativa”, avalia o governador Camilo Capiberibe.

O governador explica que cerca de R$ 350 milhões serão injetados na economia amapaense somente em 2013 a partir dos recursos do PDRI, que já está contratado com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e cujas obras já estão começando a ser executadas.
Ascom/Seplan

Os motivos da tentativa de golpe na Executiva Estadual do PT

O blogueiro Nezimar Borges escreveu matéria em seu blog, explicitando a tentativa de golpe de duas alas minoritárias do PT, que tentam "tomar de assalto" o comando do partido no Amapá, relatando trechos de tweets do Secretário de Segurança, Marcos Roberto, que é ligado nacionalmente a corrente Movimento PT, da ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário.

Marcos Roberto denunciou a tentativa de golpe em curso, afirmando que a manobra orquestrada por lideranças públicas do PT, fere os princípios éticos e o estatuto do PT. 

Conforrme relatos dos dirigentes (José Cordeiro, Isaias Carvalho) que foram duas das vítimas de um Ato da Presidência do PT local, Nilza Amaral a ação é orquestrada pelo grupo político do ex-prefeito Antônio Nogueira e da ex-deputada Marcivânia Flexa, aliados ao grupo da presidente estadual que pertence a mesma corrente da deputada federal Dalva Figueiredo.

Disputa pela Seed seria motivo de ruptura 
O grupo comandado por Nogueira e Marcivânia, estariam descontentes com o governador Camilo Capiberibe por ter rejeitado o pleito de seu agrupamento que teria pedido o comando da SEED (Secretaria de Estado da Educação). O nome indicado pelo grupo de Santana era o da ex-deputada Marcivânia Flexa, que também indicou o advogado Dorival Santos no governo, atual titular da Setur (Turismo).

A ex-deputada Marcivânia Flexa, em represália a negativa do governador Camilo Capiberibe, articulou nos bastidores um movimento em apoio a greve dos professores, o que teria acirrado ainda mais os ânimos com a ala de Dora Nascimento e Joel Banha.

Frente Popular
Segundo relatos de dirigentes, a tentativa de golpe se dá após a aprovação de uma resolução da Executiva Estadual do PT, reafirmando o compromisso do partido com o governo Camilo Capiberibe e defendendo a continuidade da aliança PT-PSB em 2014. 

Secretário Marcos Roberto denuncia tentativa de golpe no PT-AP

Ala minoritária é acusada de golpe no Partido dos Trabalhadores 
 
O Partido dos Trabalhadores no Amapá vive uma efervescência por causa das disputas internas pelo comando do partido.

Ontem, 22, o Secretário de Segurança Pública, Marcos Roberto, acusou a presidente do PT, Nilza Amaral, aliada da deputada Dalva Figueiredo, de rasgarem o estatuto do partido ao substituir três membros da Executiva Estadual. No referido documento estatutário versa que uma decisão de mudança dos membros só pode ser aceita por votação de todos os membros da Executiva.

A ação tem o aval da deputada Dalva e do ex-prefeito Antônio Nogueira que veem minguar suas influencias no comando do PT.

Via twitter o Secretario Marcos Roberto dispara que os “Os Companheiros @Nogueira_PT, @MNilzaAmaral e @DalvaFigueiredo, tem dificuldade de compreender que não são mais maioria no PT”.

Marcos Roberto usa o jargão do ex-prefeito Nogueira, que diz assim: “ Na marra, não” companheiro.

Todos os membros da Executiva do partido são eleitos pelos membros do Diretório, que por sua vez, são indicados pelas suas respectivas chapas vencedoras dentro da proporcionalidade de votos no Processo de Eleições Diretas(PED). Portanto, reitera-se, a decisão unilateral da presidente, Nilza Amaral, fere o estatuto que diz que uma mudança de nomes dos membros deve ser feita por votação da maioria da executiva do partido.

Aguarda-se o desfecho de mais uma disputa interna no Partido dos Trabalhadores.

Dilma indica Luís Roberto Barroso como novo ministro para o STF

Do blog do Planalto

Dilma Rousseff indica novo ministro do Supremo

A presidenta Dilma Rousseff indicou, nesta quinta-feira (23), Luís Roberto Barroso para ocupar a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal com a aposentadoria do ministro Ayres Britto. Para a presidenta, Barroso, que é professor de Direito Constitucional e procurador do Estado do Rio de Janeiro, cumpre todos os requisitos para o exercício do mais elevado cargo da magistratura do país.

Confira a nota:
A Presidenta Dilma Rousseff indicou hoje o advogado Luís Roberto Barroso para compor o quadro de ministros do STF, ocupando a vaga aberta com a aposentadoria do ministro Ayres Britto. A indicação de Barroso, professor de Direito Constitucional e Procurador do Estado do Rio de Janeiro, será encaminhada nas próximas horas ao Senado Federal para apreciação. O professor Luís Roberto Barroso cumpre todos os requisitos necessários para o exercício do mais elevado cargo da magistratura do país.

Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Comissão da Amazônia vai debater exploração de petróleo na costa do Amapá

Por Sizan Luis Esberci

Brasília, 22/05/2013 – A Comissão da Amazônia aprovou, hoje, 22, o requerimento da deputada Janete Capiberibe (PSB/AP) para debater a exploração do petróleo na costa do Amapá. A audiência pública acontecerá na Câmara dos Deputados, em Brasília, e foi pedida pelos deputados Evandro Milhomem, Dalva Figueiredo e Fátima Pelaes para ser realizada junto com a Comissão de Minas e Energia, em data a ser definida.

Serão convidados o Governador do Estado do Amapá Camilo Capiberibe, o Secretário de Indústria e Comércio do Governo do Amapá, os prefeitos de Calçoene, Amapá e Oiapoque, os representante das empresas vencedoras da 11ª rodada na Foz do Amazonas (Costa do Amapá) – TOTAL, BP, QUEIROZ GALVÃO, BHPbilliton, BRASOIL, ECOPETROL e OGX –, o Banco da Amazônia S.A., o Diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis Florival Rodrigues de Carvalho, o Diretor de Exploração e Produção da Petrobrás José Miranda Formigli Filho e o Diretor do DNPM – Departamento Nacional de Produção Mineral.

A deputada Janete pretende esclarecer a distribuição dos rendimentos resultantes daquela exploração petrolífera, os impactos ambientais, sociais e econômicos sobre os municípios costeiros. Ela quer garantir rentabilidade ao estado do Amapá com o decorrente investimento em infraestrutura e serviços para a população do estado, especialmente daqueles municípios que sofrerão afluxo populacional com a atividade.

Na última semana foram arrematados 97 blocos para prospecção e exploração de petróleo e gás natural na costa marítima amapaense, nos municípios de Oiapoque, Calçoene e Amapá. O bloco Foz do Amazonas Marítimo 57 (FZA-M-57) foi arrematado por R$ 345,9 milhões – o maior bônus pago por um único bloco na história dos leilões. O volume de petróleo estimado para o leilão dos blocos é de 30 bilhões de barris, um pouco mais que o dobro dos 14 bilhões acumulados pela Petrobrás em 59 anos.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Brasil 247: Dilma ganha apoio de mais um "aliado" de Campos

Além do sempre dissidente governador do Ceará, Cid Gomes, Eduardo Campos tem recebido novas críticas dos correligionários que, em tese, teriam de ficar a seu lado no plano de concorrer à presidência em 2014; o mais novo integrante do time é o governador do Amapá, Camilo Capiberibe, que defende que "o melhor" para o PSB neste momento é apoiar a reeleição da presidente Dilma

21 de Maio de 2013 às 10:42

247 – Como se não bastasse já ter de enfrentar os adversários, no caso do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, é preciso convencer também aqueles que deveriam naturalmente ficar ao seu lado, uma vez que pertencem ao mesmo partido. Disposto a concorrer à Presidência da República em 2014, o presidente nacional do PSB sempre recebeu críticas de Cid Gomes. O time de dissidentes, que já integrava o irmão do governador do Ceará, o ex-ministro Ciro Gomes, vem agora, no entanto, ganhando mais participantes.

O mais novo crítico é o governador do Amapá, Camilo Capiberibe, que afirmou nesta segunda-feira que "o melhor" hoje para o partido seria apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff. "Fazemos parte da base de apoio da presidenta Dilma. Apoiamos a eleição da presidenta [em 2010] porque acreditamos que ela era a pessoa mais preparada para dirigir o Brasil. Acho que, neste momento, o melhor é continuar na base de apoio", afirmou o governador, à Folha de S.Paulo.

Em seu ponto de vista, o "ciclo que começou em 2010" estará concluído em 2018. "E aí várias políticas nas quais acreditamos, que estão sendo implementadas pela presidenta Dilma com nosso apoio, vão estar consolidadas. Então vai ser o momento de promover a alternância no âmbito federal", prosseguiu Capiberibe, que criticou ainda a aproximação de Eduardo Campos com siglas como DEM e MD (consolidação entre PPS e PMN). "Não dá para construir uma candidatura baseada em suporte político com a oposição", criticou.

Além de Capiberibe e Cid Gomes, outro governador do PSB compartilha da ideia de que não é o momento para que Eduardo Campos se lance à presidência. Na semana passada, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, afirmou que Campos não está "pronto" para ser candidato ainda. "Precisa de ter tempo de partido, de aliança, e condições objetivas de ser candidato", afirmou, em entrevista ao Valor Econômico.

O principal ministro da legenda, Fernando Bezerra Coelho, também é um integrante importante no grupo. 

De acordo com reportagem recente da Folha de S.Paulo, o chefe da pasta da Integração Nacional estaria usando o seu gabinete como uma espécie de quartel-general a fim de limar as pretensões presidenciais de seu padrinho político. Segundo o jornal, ele estaria promovendo uma série de reuniões com diversos integrantes da legenda com este único objetivo (leia mais).

Deu na Folha: Governador do PSB, Camilo Capiberibe, defende apoio a Dilma

Camilo Capiberibe, do Amapá, é mais um nome da sigla que se diz contra candidatura de Eduardo Campos ao Planalto

Pessebista diz que só vê voo próprio em 2018 e critica aproximação do pernambucano com partidos da oposição 
KÁTIA BRASIL EM SÃO PAULO
 
Em mais um exemplo da resistência no PSB a uma eventual candidatura presidencial de Eduardo Campos (PE), o governador Camilo Capiberibe (AP) afirmou ontem à Folha que "o melhor" hoje para o partido é apoiar a reeleição de Dilma Rousseff. 

Segundo ele, uma candidatura própria do PSB ao Planalto deve ser pensada somente a partir de 2018. 

"Em 2018 esse ciclo que começou em 2010 vai estar concluído. E aí várias políticas nas quais acreditamos, que estão sendo implementadas pela presidenta Dilma com nosso apoio, vão estar consolidadas. Então vai ser o momento de promover a alternância no âmbito federal", afirmou Capiberibe. 

A fala do governador ocorreu no mesmo dia em que Dilma e Campos tiveram compromissos juntos --um evento no porto de Suape e a inauguração da Arena Pernambuco. 

"Fazemos parte da base de apoio da presidenta Dilma. Apoiamos a eleição da presidenta [em 2010] porque acreditamos que ela era a pessoa mais preparada para dirigir o Brasil. Acho que, neste momento, o melhor é continuar na base de apoio, afirmou. 

Capiberibe, que controla a sigla no Amapá, criticou ainda a aproximação de Campos com líderes do DEM e da MD (fusão de PPS e PMN) de olho em 2014. "Não dá para construir uma candidatura baseada em suporte político com a oposição. Não pode isso." 
 
O governador recebeu apoio do PT em 2010 e disse que pretende contar com o aliado de novo em 2014. 

RACHA
Capiberibe é mais uma voz, dentro do PSB, de oposição a uma candidatura à Presidência do governador de Pernambuco, que também é presidente do partido. 

Nesse grupo, estão ainda pelo menos mais dois governadores e o principal ministro da sigla. 

Titular da Integração Nacional, pasta responsável pela obra de transposição do rio São Francisco e por ações de combate aos efeitos da seca, Fernando Bezerra defende a reeleição de Dilma e tem articulado internamente contra a tese do voo solo, conforme a Folha noticiou ontem. 

Eleitos em 2010 com apoio do PT e do PMDB, os governadores Cid Gomes (Ceará) e Renato Casagrande (Espírito Santo) também já se manifestaram publicamente pela permanência do PSB na base aliada do governo Dilma. 

Cid chegou a propor que o partido comece a discutir 2014 de forma oficial, e Casagrande afirmou ao jornal "Valor Econômico" que Campos "não tem condições de ser candidato ainda". 

Os outros dois governadores do PSB além de Campos --Ricardo Coutinho (Paraíba) e Wilson Martins (Piauí)-- tendem a apoiar uma eventual candidatura do governador de Pernambuco.

Brasil 247: Randolfe tenta calar tuiteiro na Justiça

Acatando representação do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), Ministério Público Federal está processando por calúnia e difamação o presidente da Jucap, Jean Alex Nunes; ele questionou, pelo Twitter, o uso político-eleitoral de um CD promocional da Liga Independente das Escolas de Samba de Macapá (LIESAP); Randolfe aparece na capa do CD de sambas enredos de 2013 da Liga que, segundo Alex, teria sido bancado com recursos públicos

20 de Maio de 2013 às 20:52

247 - Acatando uma representação do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), o Ministério Público Federal está processando por calúnia e difamação o presidente da Jucap, Jean Alex Nunes, pelo fato deste ter questionado, pelo Twitter, o uso político-eleitoral de um CD promocional da Liga Independente das Escolas de Samba de Macapá (LIESAP). Randolfe aparece na capa do CD de sambas enredos de 2013 da Liga que, segundo Alex, teria sido bancado com recursos públicos.

Na época, o portal G1 repercutiu nacionalmente o fato inédito de um político ser homenageado por uma escola de samba do carnaval amapaense. Segundo o presidente da LIESAP, Luiz da Silva Mota, o CD foi produzido por uma empresa contratada para esse fim e financiado com recursos do SEBRAE. Mota também explicou que a decisão sobre a capa do CD pertence às escolas vencedoras do grupo especial e do grupo de acesso do carnaval do ano anterior à sua produção e que o Senador não teria tido participação nisso.

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) é uma entidade privada de direito público sem fins lucrativos criada em 1972. Tem por missão promover a competitividade e o desenvolvimento sustentável dos empreendimentos de micro e pequeno porte. É financiado por recursos públicos com participação da inciativa privada, fato que, em tese, comprovaria a irregularidade apontada por Jean Alex.

Consultado, Alex afirmou que "acho estranho o MPF me processar por calúnia e difamação sem ter apurado se houve ou não o uso irregular dos recursos que, no meu entendimento, são realmente públicos. Sem discutir o mérito da ação, e sem deixar de reconhecer os direitos do Senador, processar alguém por expressar sua opinião a respeito de questões políticas não parece coisa de um parlamentar de esquerda".

Caso parecido

Recentemente, a jornalista Alcinea Cavalcante, que teve sua aposentadoria retida para pagar uma ação movida pelo senador José Sarney (PMDB/AP), num processo muito semelhante a este, recebeu apoio de todos os setores progressistas do Estado, inclusive do próprio senador Randolfe.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

MP processa ex-governador Waldez Góes por improbidade e pede devolução de R$ 1,2 milhão

Waldez Góes já coleciona dezenas de processos
 
O ex-chefe do Executivo poderá perder os direitos políticos, além de ter que ressarcir o erário em mais de R$ 1,2 milhão, se for condenado

Do site do Ministério Público
  
O Ministério Público do Amapá (MP/AP) ingressou nesta segunda (20), no Fórum de Macapá, com Ação de Improbidade Administrativa  contra o ex-governador do Estado, Waldez Góes, acusado de receber indevidamente mais de R$ 660 mil em salários reajustados com base em lei inconstitucional. Além de Waldez, uma procuradora e dois ex-procuradores - gerais do Estado também responderão. Em valores reajustados, o prejuízo ao erário ultrapassa R$1,2 milhão.
afonso guimarães 
Na ação, o MP/AP argumenta que Waldez Góes, governador do Amapá no período de janeiro de 2003 a abril de 2010, passou a ter o valor de seu subsídio mensal, vinculado ao da remuneração do presidente do TJAP, com base em dispositivo inconstitucional da Lei nº 731/03.

“O Art. 37 da Constituição Federal que, em linhas gerais, orienta toda a Administração Pública na medida em que submete o administrador público aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, traz no inciso XIII vedação expressa à vinculação de remuneração no serviço público”, explica o promotor Afonso Guimarães, que subscreve a denúncia. 

Durante o período de 2003 a 2007, Waldez não fez aplicação imediata da Lei 731/03 mantendo, portanto, sua remuneração inferior ao do presidente do TJAP. No entanto, em janeiro de 2008, reajustou o próprio salário, saltando de R$ 9.890,00 para R$ 22.111,25, chegando aos R$ 24.117,62 em março de 2010, quando deixou o governo.

Além de corrigir os valores, o ex-governador recebeu a título de diferença de subsídio, o montante de R$ 667.589,05 (seiscentos e sessenta e sete mil, quinhentos e oitenta e nove reais e cinco centavos), pagos em três parcelas, consolidando os efeitos concretos de uma lei inconstitucional em todo o curso do seu mandato. 

Em valores atualizados até o mês de abril de 2013, a importância chega a R$ 1.213.538,93 (um milhão, duzentos e treze mil, quinhentos e trinta e oito reais e noventa e três centavos). Na Ação, o MP/AP pede além do ressarcimento ao erário, a condenação por improbidade, que pode resultar em perda da função pública e suspensão dos direitos políticos dos acusados. 

“O então Governador Waldez teve em suas mãos três possibilidades: 1) ingressar com ação direta de inconstitucionalidade; 2) negar vigência ao dispositivo ilegal ou 3) dar-lhe vigência e aplicá-lo em benefício próprio. Escolheu, ele, a única alternativa não republicana”, conclui o Afonso Guimarães. 

A procuradora do Estado Luciana Melo e os ex-procuradores-gerais Ricardo Oliveira e Nelson Adson Amaral também estão sendo denunciados. A primeira por ter proferido parecer pela legalidade da Lei, claramente inconstitucional e os demais por terem homologado tais pareceres.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

TRE instaura ação penal contra deputada Marília Góes por uso eleitoreiro do Renda para Viver Melhor

Divulgação: Foto que foi tirada durante a prisão de Marília Góes nas Mãos  Limpas

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE/AP) recebeu na tarde desta quarta-feira, 15, denúncia e instaurou ação penal contra a deputada estadual Marília Góes (PDT). O caso é resultado de uma reunião que Marília fez na Sede dos Pescadores, nas eleições de 2008, onde pediu votos aos beneficiários do programa social Renda para Viver Melhor ao então candidato a prefeito de Macapá, Roberto Góes.
A ação, proposta pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) em desfavor de Marília, informa que, na referida reunião, compareceu a esposa do então governador Waldez Góes e secretária de Inclusão e Mobilização Social, MARÍLIA GÓES, que falou aos ouvintes que "deveriam votar em ROBERTO GÓES, número 12, pois, caso contrário, não receberiam mais o auxílio estadual".
A reunião, na época, ocorreu na sede da Associação dos Pescadores do bairro Perpétuo Socorro, onde, segundo o MPE, "era pública e notória a ligação entre MARÍLIA GÓES e o candidato ROBERTO GÓES, e que, na citada reunião, foi solicitado aos beneficiados que apresentassem o título de eleitor e assinassem uma lista".
Ao final, o MPE requereu a declaração de inelegibilidade por três anos dos investigados, a aplicação da sanção prevista no art. 299 do Código Eleitoral à MARÍLIA GÓES e a cassação do registro de candidatura de ROBERTO GÓES.
Operação da PF
Naquela ocasião, a Polícia Federal realizou busca e apreensão na SIMS e reuniu uma série de documentos que confirmam a utilização dos programas sociais para beneficiar Roberto Góes (PDT).

terça-feira, 14 de maio de 2013

Dora Nascimento garante reforma do prédio da Delegacia Especializada de Crimes contra a Mulher

A governadora em exercício, Dora Nascimento, acompanhada da secretária extraordinária interina das Políticas para as Mulheres, Maria Alice Ribeiro e representantes da Comissão Provisória do Conselho da Mulher, Rosicléia dos Santos, Maria das Graças Brazão e Marinalva Menezes, além do secretário de Infraestrutura, Hamilton Coutinho, visitou nesta segunda-feira, 13, a Delegacia Especializada de Crimes contra a Mulher para conhecer a estrutura inadequada e imprópria para atender a demanda.

A titular da Delegacia de Crimes contra Mulher, delegada Elza Nogueira, relatou que só no mês de abril foram registradas 600 ocorrências variadas e o número é crescente. "Não temos área suficiente para atender esta demanda. Precisamos de um espaço mais amplo onde as mulheres possam ser atendidas sem estar expostas e oferecer o mínimo de conforto", ressaltou a delegada.

A governadora em exercício garantiu que haverá remanejamento desta delegacia, provisoriamente para a Leopoldo Machado com a Av. Ana Nary, no bairro Jesus de Nazaré, dividindo o espaço com a Corregedoria de Polícia enquanto se conclui a reforma e ampliação do novo prédio. Dora Nascimento informou que está pleiteando recursos federais para a construção de uma ou mais Casa da Mulher Brasileira em Macapá, no mesmo molde do que está sendo instalada em todo o país, para acolher a mulher vítima de violência doméstica.

Foi sugerida a construção de duas delegacias especializadas para atender as mulheres das zonas Norte e Sul da capital, além de descentralizar o atendimento para as delegacias de bairros, deixando as especializadas para tratar especificamente de casos de violência contra a mulher.

O secretário de Infraestrutura fará as adequações ao novo projeto atendendo as especificidades da delegacia exclusiva para atender as mulheres. Dora Nascimento assegurou que dará prioridades para atender as reivindicações.
(Édi Prado na Agência Amapá)

Garotinho: PSDB conhece bem o Daniel Dantas

"Só estive com ele uma única vez, mas o PSDB, se quiser saber algo sobre o que eu ainda vou revelar na Comissão de Ética, basta pegar o telefone e ligar para ele", disse o deputado Anthony Garotinho (PR-RJ); "eu não tenho o número dele, que sabe muito mais sobre o que está acontecendo aqui do que a maioria dos parlamentares"; em nota, Opportunity diz "que Daniel Dantas não está por trás de qualquer articulação na MP dos Portos"

14 de Maio de 2013 às 16:55

Do Brasil 247 - O deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) acaba de colocar mais lenha na fogueira da guerra dos portos. O líder do PR subiu à tribuna para questionar a postura do PSDB, que usou suas denúncias, sobre um suposto assédio de lobistas a parlamentares, para obstruir a votação da MP dos Portos. "O PSDB está obstruindo, mas por outras razões", disse ele. "Eu só estive com o empresário Daniel Dantas uma única vez em toda a minha vida, quando ele era dono do consórcio Opportrans, do metrô do Rio de Janeiro", afirmou Garotinho. "Eu não tenho o telefone dele, mas o PSDB tem. Se quiserem saber o que está acontecendo aqui no Congresso, peguem o telefone e liguem para ele, que sabe mais do que a maioria dos parlamentares". 

Paulo Henrique Amorim: Gurgel acreditou na palavra do Randolfe!

O brindeiro Gurgel, amigo navegante, aquele que o Senador Collor chama de “prevaricador”, é incorrigível:

Mensalinho arquivado

Roberto Gurgel decidiu arquivar a denúncia contra Randolfe Rodrigues e João Capiberibe de participação num esquema de pagamento de propina aos deputados estaduais do Amapá, no final de 1999, o chamado mensalinho do Amapá.

Autor da denúncia, o presidente da Assembleia Legislativa à época, Fran Junior, acusou o então governador Capiberibe de molhar as mãos dos parlamentares da base aliada, entre eles Randolfe.

Em troca do agrado, os deputados votavam com o governo – isso mesmo, exatamente nos mesmos moldes do mensalão petista (Saiba mais em: Quem dera). A bomba foi enviada à presidência do Senado, que a encaminhou à PGR, no início deste ano.

Ao analisar supostos contracheques referentes ao pagamento do suborno – 20 000 reais mensais, segundo a acusação – Gurgel ponderou não ser crível que um parlamentar comprado assine um recibo e concluiu que os tais documentos são falsos.

Por Lauro Jardim



Navalha
Gurgel tirou Randolfe da forca, porque acreditou na palavra dele.
E não chamou o Instituto de Criminalística para tirar a prova.
Gurgel também tirou Stepan Nercessian da forca do Cachoeira.
Stepan disse que era um empréstimo e o Gurgel acreditou na palavra dele.
Gurgel acredita na palavra do Stepan, da Globo, e no Randolfe, que foi beijar a mão do Gilmar Dantas (*).
Trata-se de um crédulo.
Mas, acha que o Genoino faz parte de perigosa quadrilha.
Os cheques do Genoino foram pagos em ações inspecionadas pela Justiça Eleitoral, registrados no Banco Central, e foram quitados.
E o TSE absolveu as contas do PT.
Mas, o Genoino talvez tivesse que ser incriminado, para construir a quadrilha de que o Dirceu precisava fazer parte.
Stepan não incorreu em corrupção passiva, porque a palavra dele vale mais do que o julgamento do TSE e o Banco Central.
Mas, o Dirceu é um quadrilheiro !
Clique aqui para ler “O MP é o DOI-CODI da Democracia”.
Que riscos correrá a Presidenta Dilma, ao escolher o sucessor do Gurgel ?
Faltam apenas 45 dias para Gurgel descer à planície e ter cordial encontro com o Senador Collor e o Conselho do Ministério Público.

Paulo Henrique Amorim

Camilo Capiberibe reafirma compromisso com o PT- APe reeleição de Dilma

Pelo andar da carruagem, a candidatura de Eduardo Campos à Presidência da República subiu no telhado. Os interesses partidários nos estados governados pelo PSB estão, a cada dia, ganhando mais força e influenciando sobremaneira a tomada de decisão do partido sobre a candidatura de Campos.

Do MZ Portal
 
Aqui no Amapá, a estratégia política de reforçar a aliança com o PT vem se consolidando com acenos positivos de ambos os partidos. Aliados de primeira hora, tanto o PSB quanto o PT têm realizado ações que demonstram isso. O governador Camilo Capiberibe, recentemente, se posicionou pela manutenção da aliança com o PT. O Partido dos Trabalhadores, por sua vez, aprovou resolução mantendo a aliança partidária contra a "direita retrógrada".
Hoje, A colunista da Folha, Mônica Bergamo, publica duas notas que tratam do assunto, veja:
NO FORNO
A cúpula do PT recebeu recado do comando do PSB: Eduardo Campos ainda quer ser candidato à Presidência em 2014, mas a empolgação esfriou. A resistência entre governadores da legenda à candidatura, antes explicitada de forma clara apenas por Cid Gomes, do Ceará, aumentou. A pressão do governo e do PT sobre eles também.
NO FORNO 2
O governador Camilo Capiberibe, do Amapá, por exemplo, recebeu recado do PT: o partido, que fez aliança com ele em 2010 e indicou a vice de sua chapa, pode abandonar seu barco se Campos sair candidato. Há alguns dias, Capiberibe disse à coluna: "Não pretendo abrir mão da aliança com o PT, a não ser que venha uma imposição". Ainda que Campos saia candidato, ele abrirá palanque também para Dilma Rousseff.

Clécio e Randolfe jogam para platéia e pensam que o povo é besta

Hoje, cerca de 2000 crianças estão fora das escolas de Macapá, mas o prefeito Clécio comemora a aprovação de uma lei que destina recursos do pré-sal para a educação que só vai acontecer num futuro longínquo. (Do www.mzportal.com.br )

Justiça decreta ilegalidade da greve dos professores com multa diária de R$ 100 mil ao Sinsepeap

Após aproximamente 20 dias de greve, o desembargador Constantino Brahuna decidiu nesta segunda-feira, 13, pela ilegalidade da greve dos professores e ainda estipulou uma multa diária no valor de R$ 100 mil pelo descumprimento da medida cautelar.

A decisão do magistrado aponta que o Sindicato dos Profissionais em Educação do Amapá (Sinsepeap) não respeitou os "limites toleráveis e suportáveis pela sociedade durante o encaminhamento do movimento de paralisação a serviço tão essencial como é o de educação, contra a sempre demonstrada boa-vontade do governo estadual em atender, na medida do possível, senão todas algumas das reivindicações dos servidores públicos estaduais do grupo magistério".
O desembargador determina, ainda, que o sindicato não ocupe prédio público para realização de qualquer tipo de manifestação. A exemplo do ano passado, quando a categoria invadiu a Secretaria de Estado da Educação (Seed) e tiveram de ser retirados por forca policial.
"Abstendo-se, de qualquer modo, de concorrer para paralisação daqueles serviços, em sorte a garantir manutenção da normalidade em sua prestação, além de não promover ocupação de prédio público para realização de qualquer tipo de manifestação, pena de multa diária no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais), providência cautelar por cuja confirmação pugnou ao ensejo do julgamento da medida impetrada''.
A secretaria aguarda que os profissionais da educação retornem para as salas de aula nesta quarta-feira, 15.

Frente Popular: PT reafirma a aliança com o PSB contra a direita retrógrada

A Executiva Estadual do PT divulgou ontem nota contendo uma resolução partidária aprovada pelo partido que reafirma a aliança política com o PSB e propõe uma repactuação da sua participação no governo.

Para o PT, o fortalecimento da esquerda é uma necessidade estratégica para o enfrentamento com a "direita retrógrada" que é apoiada por setores "ditos de esquerda, que insistem em operar um projeto de destruição do Partido dos Trabalhadores e de enfraquecimento da Aliança PT/PSB".
Recado
A nota ainda desautoriza qualquer filiado, com mandato ou não, a se pronunciar em nome do partido.
Veja a nota:
PARTIDO DOS TRABALHADORES – PT
EXECUTIVA ESTADUAL – AMAPÁ
Resolução da Executiva Estadual para repactuação da Participação do Partido dos Trabalhadores no Governo do Estado.
Em 2010, o Partido dos Trabalhadores decidiu apoiar a Eleição da Candidatura do PSB, indicando na chapa a Candidatura de Vice, ressaltando-se que o PSB é um partido que compõe a Base Aliada da Presidenta Dilma. Tendo em vista, a priorização da reeleição do Governo Federal, faz-se necessário a busca do Fortalecimento Interno do PT, bem como o Fortalecimento das Alianças que concorrem para o sucesso do Partido dos Trabalhadores em 2014.
No Quadro Atual do Estado do Amapá, a Frente Popular vem sofrendo duros ataques da Direita Retrógrada que, sustentando e sustentada por alguns setores ditos de esquerda, insistem em Operar um Projeto de destruição do Partido dos Trabalhadores e de enfraquecimento da Aliança PT/PSB.
Nesse sentido, o Partido dos Trabalhadores vislumbra a União de seus quadros em torno do Fortalecimento da Aliança PT/PSB, pautada na Decisão Histórica de construir um Governo voltado para os Princípios que norteiam a razão de Existir do PT: Transparência e Participação Popular.
Por fim, considerando a Estrutura Governamental como um importante instrumento na busca do intento, acima exposto, a Executiva Estadual do Partido dos Trabalhadores aprova as seguintes orientações:
1. Que a discussão e repactuação da participação no Governo Estadual leve em consideração o processo de fortalecimento da Aliança entre o Partido dos Trabalhadores e o Partido Socialista Brasileiro.
2. Que, sobretudo, contemple os mandatos e as forças políticas internas que operam nas suas bases para o Fortalecimento interno e o Embate com as Forças Políticas que operam em modo Contrário.
3. Que seja escolhida uma comissão de três membros dirigentes do Partido dos Trabalhadores para fazer a Interlocução com o Governo do Estado, a qual será coordenada pela Vice-Governadora.
4. Ficam desautorizadas as posições públicas de dirigentes e filiados com notoriedade comprovada na Sociedade Amapaense em nome do PT Amapá, sem prévia deliberação da Executiva Estadual.
5. Por fim, o PT reafirma a vontade de continuar caminhando com o PSB, acreditando nisso como elemento determinante para o Grande e Histórico objetivo do PT: a Reeleição da Presidenta Dilma.
Macapá, 13 de Maio de 2013.
Executiva Estadual do PT-AP.

sábado, 11 de maio de 2013

LAURINDO LEAL FILHO: "A TV PÚBLICA É UMA VACINA PARA A DOENÇA DA MÍDIA COMERCIAL"

Do site www.baraodeitarare.org.br
O papel da TV pública frente ao monopólio da mídia comercial foi o tema da palestra proferida pelo sociólogo, professor e jornalista Laurindo Leal Filho, o Lalo, nesta sexta-feira (10), durante o 1º Curso Nacional de Comunicação do Barão de Itararé. Ele afirma que o projeto de uma TV pública nacional está atrasado, assim como a criação de órgãos reguladores que garantam a democracia na TV e na mídia brasileira.
Foto: Barão de ItararéFoto: Barão de Itararé
Em um breve panorama histórico, Lalo comenta que a grande maioria das TVs brasileiras são comerciais, incluindo as de venda de produtos ou proselitismo religioso. “Para esses, sempre houve concessão de espaço”, avalia, ressaltando que “para os trabalhadores, a concessão sempre foi negada”. Ele lembra que a luta do movimento sindical, que só agora conquistou a TVT, vem desde os anos 80.

Para o estudioso, o papel da TV pública é profilático, como uma vacina para a “doença” que é a TV comercial brasileira. “Já erradicamos várias moléstias, graças ao avanço da medicina, da saúde pública e das condições de vida da população, mas a mídia comercial é uma doença mortal e sem antídoto para a sociedade. É uma doença insidiosa, que não tem sintomas, mas corrói por dentro. As pessoas não percebem o mal que ela faz”, diz.
Em sua opinião, a TV pública também tem função pedagógica: “Este outro papel é mostrar para a sociedade que existem outras formas de fazer televisão, que outra televisão é possível”. Lalo questiona, ainda, como o público poderia exigir melhor qualidade se nunca experimentou uma TV de qualidade antes.
“Dizem que a melhor lei é o controle remoto, mas isto é uma bobagem, pois você troca de canal e muda o cenário, a luz, os personagens. as o conteúdo, os valores e os objetivos são os mesmos”, afirma. Citando o Projeto de Lei da Mídia Democrática, Lalo avalia que uma boa lei para a comunicação não é uma que cale estes veículos, mas que amplie a liberdade de expressão, a diversidade e a pluralidade de atores.

Curso Nacional de Comunicação: RAIMUNDO PEREIRA E MARIA INÊS NASSIF DISCUTEM A ARTE DA COMUNICAÇÃO

Nesta quarta-feira (8), cerca de 130 jornalistas, sindicalistas, blogueiros e ativistas sociais de 16 estados do país participaram da abertura do 1º Curso Nacional de Comunicação do Barão de Itararé, em São Paulo. A atividade, que conta com oficinas de capacitação e estímulo à produção da mídia alternativa, além de debates que promovem uma reflexão crítica sobre a comunicação no país e propõem horizontes possíveis para uma mídia livre, vai até domingo (12).

A primeira palestra do curso teve como tema “A arte da comunicação” e foi ministrada pelo jornalista Raimundo Pereira (Retrato do Brasil/Prêmio Vladmir Herzog) e Maria Inês Nassif (ex-Valor Econômico), além da mediação de Renata Mielli, Secretária-Geral do Barão de Itararé.
De acordo com Raimundo Pereira, fundador dos históricos jornais Opinião (1972-1977) e Movimento (1975-1981)é impossível discutir a arte da comunicação sem criticar o jornalismo produzido pelos veículos da chamada grande mídia. “A imprensa alternativa não pode pretender fazer um jornal que reproduza a imprensa burguesa. A grande mídia explora a ignorância popular, enquanto nossa tarefa é construir comunicação popular de forma a estimular a consciência do povo”, afirma.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Carta Capital entrevista Janete Capiberibe: A ofensiva do agronegócio sobre as terras indígenas

Segundo a deputada, a pauta ruralista no Congresso visa congelar as demarcações, deslegitimar a Funai e permitir o avanço da mineração e da agropecuária sobre as aldeias

Rodrigo Martins 

Os conflitos fundiários envolvendo povos indígenas não dão sinais de arrefecer, assim como o jogo político em torno da questão. Em protesto contra a demarcação de terras feita pela Fundação Nacional do Índio (Funai), mais de mil produtores rurais interromperam um discurso de Dilma Rousseff em Campo Grande, na segunda-feira 29, aos brados: “Demarcação, não. Sim à produção”. O episódio ocorreu uma semana após cerca de 700 índios de diversas etnias ocuparem o plenário da Câmara na tentativa de impedir a tramitação da PEC 215, que transfere para o Congresso a decisão de homologar ou não as terras indígenas.

Na prática, a medida congela a demarcação de novas reservas e ameaça as já existentes, por causa da força do lobby do agronegócio no Parlamento, avalia a deputada Janete Capiberibe (PSB-AP), integrante da recém-criada Frente Parlamentar em Defesa dos Povos Indígenas. “Há uma forte ofensiva legislativa patrocinada pelo agronegócio”, alerta. Na entrevista abaixo, ela elenca os principais projetos que ameaçam as terras indígenas, entre eles o que prevê o arrendamento de aldeias para o agronegócio, e critica a postura de seus colegas no Legislativo. “Eles se recusam a ouvir os índios ao avaliar esses projetos.”

CartaCapital: O que representou a ocupação do Plenário da Câmara pelas lideranças indígenas em 16 de abril?
Janete Capiberibe: A ocupação forçou a abertura de um canal de diálogo. Além de motivar a criação da Frente Parlamentar em Defesa dos Povos Indígenas, o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), teve de ouvir as reclamações e propor um acordo. O deputado se comprometeu a só instalar a comissão especial que vai avaliar a PEC 215 no segundo semestre. Essa proposta transfere a decisão de homologar as demarcações de terras indígenas para o Congresso, além de prever que os parlamentares ratificariam as reservas já existentes. Ou seja, o Legislativo confirmaria ou não a posse dessa terra pelos índios. Só que o lobby da bancada ruralista é muito forte na Câmara. Uma medida como essa ameaça todas as reservas do País, novas ou antigas. Os índios ocuparam o Parlamento para serem ouvidos, pois em nenhum momento eles foram consultados sobre a possível mudança nas regras das demarcações.



CC: Adianta simplesmente postergar o debate?
JC: Na verdade, houve outros avanços. Os líderes de oito partidos (PSB, PT, PDT, PSDB, PSC, PSOL, PR e PCdoB) se comprometeram a não indicar representantes para essa comissão especial da PEC 215. Sem essas indicações, a comissão não pode ser instalada. É uma forma de evitar a aprovação dessa emenda sem um debate mais amplo. Além disso, foi criado um grupo de trabalho, com 10 lideranças indígenas e 10 deputados. Desses parlamentares, metade é pró-indígena e a outra metade, ligada ao agronegócio. O GT terá a missão de debater a proposta antes da instalação da comissão propriamente dita que avaliará a PEC 215. Aliás, não somente essa proposta, mas outros projetos de lei que ameaçam os índios. Há uma forte ofensiva legislativa, patrocinada pelo agronegócio, sobre as terras indígenas.



CC: Que outras propostas ameaçam os índios?
JC: Há o Projeto de Lei 1610, de 1996, de autoria do senador Romero Jucá (PMDB-RR), que permite a mineração privada em territórios indígenas mediante o pagamento de royalties. Eu, inclusive, faço parte da comissão parlamentar que avalia o tema, mas é muito forte a atuação dos parlamentares anti-indígenas, ligados ao agronegócio ou à mineração. Eles são maioria no Congresso. Trata-se de uma atividade econômica que provoca sérios impactos ambientais e é bastante nociva para quem vive da floresta. Tem também a PEC 237, de Nelson Padovani (PSC/PR), que prevê o arrendamento de terras indígenas para o agronegócio.


CC: Mas se os índios arrendarem suas terras, vão fazer o quê?
JC: O risco é enorme. Eles podem ser forçados a migrar para os centros urbanos, perder contato com sua cultura, seu modo de vida. A mineração também é muito arriscada. Ela derruba tudo o que está por cima da terra. As reservas indígenas que eles têm interesse de explorar estão na região amazônica. Ou seja, o Congresso pode dar o aval para a derrubada da floresta, ou mesmo do pouco que sobrou da Mata Atlântica. De que adianta pagar royalties ou arrendamento? Os impactos serão gigantescos.


CC: Mas os índios aceitariam ceder suas terras?
JC: Acho muito difícil. O território para os povos indígenas tem um significado muito maior do que o simples espaço geográfico. Tem ligação com sua própria identidade, noção de pertencimento, práticas, tradições, cultura. Para uma sociedade capitalista, a terra é apenas uma forma de produção, uma mercadoria. Para os índios, é muito mais que isso. Recentemente, em protesto contra as demarcações de terras feitas pela Funai, os ruralistas vaiaram a presidenta Dilma Rousseff no Mato Grosso Sul. O estado é palco de dezenas de conflitos fundiários envolvendo fazendeiros e os guaranis-kaiowá. Várias lideranças indígenas foram assassinadas. Nos últimos 50 anos, o agronegócio avançou sobre as suas terras de forma muito agressiva, e hoje eles estão confinados em oito reservas com áreas entre 2,4 mil e 3,5 mil hectares. Estima-se que 40 mil guaranis-kaiowá vivam em acampamentos espalhados pelo País. Sem terra, os integrantes dessa etnia ameaçam cometer suicídio coletivo, porque é inconcebível para eles não viver na terra de seus antepassados, de seus ancestrais. E os parlamentares se recusam a ouvir os índios ao avaliar todos esses projetos.


CC: Não houve consulta em nenhum dos casos?
JC: A convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), da qual o Brasil é signatário, garante o direito de consulta prévia às comunidades indígenas e quilombolas antes de qualquer intervenção em seus territórios. Mas a PEC 215 chegou a ser aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça antes de os índios serem ouvidos. A exemplo do ocorrido com a PEC 215, a relatoria da comissão que avalia a mineração em terras indígenas cria obstáculos para fazer essa consulta. O projeto está praticamente pronto, mas eu insisto num ponto: os deputados precisam percorrer as aldeias e perguntar se os índios aprovam essa proposta. Só no meu estado, o Amapá, há 14 etnias que podem sofrer as consequências nefastas desses projetos.



CC: O deputado Moreira Mendes (PSD-RO) diz ter coletado mais de 200 assinaturas para instalar uma CPI da Funai, questionando os critérios usados nas demarcações de terra...
JC: Essa é apenas uma forma de desacreditar o trabalho da Funai, de deslegitimar a demarcação das reservas. O agronegócio não aceita perder espaço para os índios. Esse é o ponto.