domingo, 13 de julho de 2014

A paga por se falar o que pensa - Por Rup Silva

Impressões
 
Por Rupsilva

Tudo bem que escrever sobre coisa séria é um ato de coragem e de muito risco num Estado como o Amapá. Arriscado até pra vida.

Quanto mais quando o tema é política, e envolve pessoas que se acham acima do bem e do mal, imunes ao pecado, o néctar do néctar,
o salvador da pátria.

O risco se torna maior ainda quando você toca em personagens da fauna, a política. Que fique claro que a fauna aqui referida , adjetivada, decorre do uso do recurso da linguagem figurada. Antes que alguém malde como maldaram quando citei o dançarino flamenco Fred Astair e Sammy Davis, com certeza.

Por que muita gente ignora esse recurso fenomenal da nossa rica língua, que é a língua idioma, não a língua que fala, que impulsiona o alimento,que lambe e é capaz de outras coisas também. Explique-se novamente para não ser maldosamente entendido.

Dizia ser arriscado se falar dessa gente que se imagina o supra sumo do que não foram, não são e jamais serão.

Eu que conheci pessoas simples e importantes, sábias em política como Chaguinha, homenageado no Macapaba com nome de rua , que não subia num tamborete sequer pra dizer das belas e consistentes coisas que pensava e que iluminava tudo por onde passava.
Como Babá, como Meton, como Binga Uchoa que brilhavam por si só, não precisavam se untar de purpurina, subir num palco , nem valer-se de holofotes para serem notados e dizerem o que tinham que dizer.

Só gostavam de circo, amavam os atores , palhaços, malabaristas e comedores de fogo principalmente , que nos faziam rir , deixar em suspense e maravilhar com suas pericias.

Não eram atores de circo. Eram cidadãos simples mas efetivamente defensores da causa pública e mais que isso,justos.

Por isso quero dizer que não tolero falsos profetas ou cidadãos que se investem de uma função que a sociedade delega e não a cumpre por vaidade pessoal, ou por focar no alvo errado ajudando a desconstruir as coisas que penosamente estamos construindo.

Tranquilo quero dizer que a escola que frequentei me tornou o cidadão que sou , que muito me orgulha, a mim em particular,a minha família e pessoas que amo , centenas,milhares que me conhecem de verdade e gostam de mim não de graça, como se diz, mas por que sou do jeito que sou.

Desde tenra idade no Barão do Rio Branco,passando pelo glorioso Colégio Amapaense, de Munhoz, Lauro Chaves, Benevides,Alvarez, Cardoso, inesquecíveis mestres até a esplendorosa Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Pará, de Pedro Rosado, Monteiro Leite,Domingos Silva,Abelardo Santos, Betina Ferro , Mario Sampaio, Paulo Azevedo , Borborema e tantos outros, eméritos catedráticos, onde me tornei mais que um médico, um cidadão do mundo, cônscio de sua responsabilidade social. Imagina um filho de pobre decidi estudar medicina em 1966, no Amapá…

Quero abrir um parêntese à fecunda formação moral e religiosa da “Casa dos Padres”, como chamávamos a Paróquia de São José,praça da Matriz, pregada e ensinada pelos doutos padres italianos da PIME, onde fui coroinha e dei meus primeiros passos no jornalismo, na saudosa A Voz Catolica e quase me tornei um Pelé.

Não me prostitui.Não me transformei num ladrão do dinheiro publico, num mau caráter, no inverso do que deveria ser, e do que eu sou.

O Estado Brasileiro não teve prejuízo comigo, investiu na minha formação desde o Jardim de Infancia, até me transformar no médico que sou até hoje, 44 anos depois.

Vou relevar os ataques imotivados e até injuriosos que recebi por ter expressado o que penso.Que ganharam a importância que ganharam não por ser “ridiculo” como falou a nota do PSOL, mas por tocar profundamente em pontos cruciais que comprometem o comportamento fantasioso e teatral do seu líder maior.

Mais ridículo seria dar importância ao que consideram “ridículo”, ora,ora. O que prova não ser ridículo o que falei.

Logo eu que recebo a diariamente mais de dez solicitações de amizade no meu Face e as concedo sem restrição e sem medo de ser contestado, por que entendo despertar interesse pelas coisas que escrevo.

Que não são “só merda” como classificou aquele fedelho da assessoria do senador em resposta a uma postagem que fiz cobrando clareza e consistência do parlamentar. Gratuita e pueril.

Nem por  “suspeitos interesses” como falou em longo comentário uma senhora que nem guardei o nome, falando de coisas que mandaram falar, que não vivenciou como esse modesto escriba, dos primórdios da política, pra contestar o compadrio do senador com Sarney , de domínio público.

Enfim, um rosário de asnices e argumentos frouxos, inconsistentes, usados para justificar o injustificável, pois como diz o poeta Chico “o que nunca foi,nunca será..”

Quero deixar bem claro que nunca jamais esperem que venha recuar ou abrir mão de minhas convicções. Nem abrir mão do meu sagrado direito de dizer o que penso, muito menos por medo ou covardia.

Só duas coisas me atrelam, me submetem: minha consciência e os interesses do meu Estado, da minha terra natal, o Amapá.

Que pode nada significar à muita gente , mas que para mim é muito , é sagrado.

Caso a alguém interesse, nem filiação partidária tenho.Tive dois partidos: o glorioso MDB do Dr. Ulisses e Binga Uchoa e o PSDB, de Montoro e Covas,nada a ver com esse que sobreviveu.

Não vou aceitar jamais injúrias,difamações, coisas que afetem minha honra, minha moral.
O resto tiro de letra, principalmente discussão travada no campo das ideias.

Atendendo a pedidos e a conselho de amigos, deixo a ribalta em que me colocaram à contra gosto e volto ao mundo real, falando do triste quadro da saúde, aquela “bomba” de efeito retardado deixada pela Harmonia, preste a explodir, a qual o governo se empenha para desmontar. Sou alérgico a luzes de hol
ofote!

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