quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Após o PSB trair Dora, Capi tenta se redimir ao defender voto em Dilma

A reunião da Executiva Nacional do PSB que decidiu declarar apoio ao senador tucano Aécio Neves foi recheada de divergências, mas a maioria do partido optou por apoiar a volta de um neoliberal de carteirinha pra disputar o Planalto.

O único a favor do apoio a Dilma foi do senador João Capiberibe (PSB-AP), que diante do desespero de tentar reeleger seu filho Camilo Capiberibe e tentar corrigir um erro estratégico de abandonar a candidatura de Dora Nascimento (PT), o que causou uma crise do PT com o PSB local que pode provocar uma ruptura com o governador neste segundo turno.

Parece que o clã Capiberibe tenta desconstruir algo que não tem explicação, pois ficou clara a traição do PSB na reta final da campanha, mesmo o PT tendo sido parceiro de primeira hora do governador Camilo Capiberibe, eleito em 2010, mesmo quando o socialista aparecida em quarto lugar nas pesquisas.

A facada pelas costas no PT não levou em consideração nem mesmo o enfrentamento feito por Dora Nascimento e Joel Banha, cujo grupo político operou nacionalmente para que o PT continuasse apoiando o PSB, contrariando os interesses de Sarney e Lula que defendiam que o PT apoiasse Waldez Góes e Gilvam Borges no primeiro turno.

Até mesmo diante da rejeição histórica de mais de 65% e do péssimo desempenho do governador Camilo Capiberibe nas pesquisas do Ibope logo no início da campanha, o PT não mudou de lado e permaneceu firme com Camilo, mesmo quando parte da opinião pública apostava que o atual governador não iria nem para o segundo turno. 

A lealdade do PT com Camilo não foi respondida a altura e o movimento do PSB na reta final da campanha coloca em xeque a continuidade da aliança vitoriosa de 2010, tudo por conta da vaidade e de uma briga histórica entre o clã Capiberibe e o clã Borges, revelando que o governo não era a maior prioridade do partido, mas sim derrotar seu desafeto para o Senado.

A postura do PSB não foi recíproca a lealdade do PT e isso pode custar caro à esquerda, já que diversos petistas não defendem a permanência do PT na aliança, outros defendem a neutralidade pra não apoiarem nem Camilo ou Waldez. O PSB pode ter cavado a própria cova ao fazer uma manobra sem combinar com o PT.

Um comentário:

LucivaldoBrasil disse...

Um nome se faz na verdade com o trabalho. As alianças se constituem em poder, e ai para alguns tudo passa girar em tornos dos "cargos". Ta na hora de fazer um verdadeiro balanço em torno trabalho. Que retorno por exemplo, Dora teve com o Super Facil durante os quatro anos? Va procurar saber sr. blogueiro. Quem trai quem na política amapaense? se disser que o povo quase sempre perde com a ineficiência da máquina pública, ai sim é a pura verdade. Que nesse caso, fica claro os culpados.