sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Dora Nascimento fica neutra no segundo turno pra governo e deve assumir campanha de Dilma no Amapá

A vice-governadora do Amapá e ex-candidata do PT ao Senado, Dora Nascimento, que também faz parte do Diretório Nacional do PT, decidiu que vai permanecer neutra na disputa de governo neste segundo turno. A decisão foi amplamente debatida com dirigentes nacionais do PT, integrantes da sua corrente PTLM (Partido de Lutas e de Massas) e outras correntes aliadas do PT.

A proposta da corrente O Trabalho de defender a neutralidade na disputa pelo governo do Amapá também foi defendida por correligionários de Dora Nascimento, que após o episódio que ocasionou uma crise política entre o petismo local e o PSB do governador Camilo Capiberibe.

O PSB local decidiu direcionar votos de sua militância no senador eleito Davi Alcolumbre (DEM). Após isso, dirigentes e militantes que acompanharam a campanha de Senado, resolveram aconselhar a neutralidade política de Dora Nascimento que ainda é a principal liderança do PT no estado e teve uma votação expressiva no primeiro turno.

Dora Nascimento deve coordenar a campanha de reeleição da presidenta Dilma no Amapá e colocar essa tarefa na ordem do dia dos petistas, que mesmo diante da decisão por recomendação do PT nacional de manter aliança com o PSB que em troca teria o compromisso de apoiar Dilma.  

Mas até o presente momento o governador Camilo Capiberibe não fez nenhuma declação pública de apoio à Dilma, diferente do seu colega de partido Ricardo Coutinho que disputa reeleição do governo da Paraíba, que declarou em rede nacional o apoio ao PT de Dilma, se rebelando contra a decisão nacional do PSB de apoiar o tucano e neoliberal Aécio Neves.

A decisão do PT pra não apoiar Waldez Góes, ainda demonstra pouca disposição de fazer campanha para Camilo Capiberibe, pois alguns ainda não engoliram o que está sendo chamado de "traição do PSB" com Dora Nascimento no primeiro turno.

Para alguns petistas, a neutralidade é melhor caminho para não concordar com a volta da corrupção encabelada pelo candidato Waldez Góes e também para não compactuar com a marmelada do PSB que colocou em xeque a aliança de esquerda com o PT no final do segundo turno, quebrando um acordo selado antes das convenções partidárias com aval do Diretório Nacional do PT que colocava Dora Nascimento como candidata prioritária do PT e de Lula.

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